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Mostrando postagens de junho, 2019

ASSISTINDO O NOTICIÁRIO.

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ASSISTINDO O NOTICIÁRIO: E a miséria Continua Por todo o país... Crimes ambientais Agora são normais. E estas empresas enriquecendo Enquanto o povo vai morrendo Estagnado... E os rios e o mar contaminados. E o que faz o Estado? Nada! Tão ocupados Em suas negociatas, Com tanta delação Não se salva um No congresso. Nada de ordem e progresso. É tanta propina Pra tudo que é lado: É vereador, é senador, É deputado. É juiz, é promotor, É advogado. É instituições financeiras, É executivos e empresários. E tudo continua na mesma Com milhões de desempregados... Os jovens a míngua, Os negros assassinados, E como se não bastasse Vamos voltar para trás Com intervenção militar. O que será que será? A onde isto vai acabar? Até agora eu não vejo nada, Eu pessoalmente A imagem de uma pessoa Que possa ser Presidente. Mas sigamos em frente... Um monte de gente Descendo no limite da pobreza. Si...

A JANELA.

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A JANELA:(exercício 2) conto de Lygia Fagundes Telles. (1965). Adaptação: Gabriel Arcanjo Rodrigues. Obs: Esta adaptação foi escrita para fins didáticos, para exercício em sala de aula. Aconselha-se os leitores a ler o texto original . PERSONAGENS: Homem: cerca de 55 anos, alto e magro, rosto melancólico. Mulher: Prostituta, cerca de 25 anos mas com aparência de mais. Dois enfermeiros: Um mulato é mais velho, cerca de 50 anos, o outro jovem e forte, cerca de 25 anos. Três mulheres: Prostitutas, todas com mais de 30 anos, um pouco caricatas. QUARTO DE UMA CASA DE PROSTITUIÇÃO. CENTRO DO RIO DE JANEIRO. FIM DE TARDE: Mulher estendendo a mão e sorrindo. Homem: (imóvel, braços caídos ao longo do corpo, sem notar o gesto da mulher, olhos fixos na janela.) Havia ali uma roseira. Mulher: (lentamente amarra na cintura o cinto de chambre de seda japonesa. Examina mais atentamente o homem) Que roseira? Homem: (tom velado, vagando o olhar pelo quarto) Uma roseira......

ARREBATAMENTO.

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ARREBATAMENTO: O que há em mim Que me extravasa? Que vai além Do que eu sou? Pássaros atravessam o meu corpo... As ramagens das árvores Ficam entranhadas sobre a minha pele... O Mar pulsa Como pulsa o meu coração Batendo descompassado Nesta manhã azul... Onde Ouço rumores de vento... Quando a Eternidade Se pronuncia sutilmente Como um sussurro Aos nossos ouvidos... E todo Esplendor Se torna água, terra, fogo, vento... Como se   cristalizasse o momento presente Num espécie de explosão íntima Que nos arrebata Como que para um outro planeta...

ASSISTINDO O NOTICIÁRIO.

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ASSISTINDO O NOTICIÁRIO: Estamos num visível Caos Pretendente à Ministra do Trabalho Em pleno bacanal. Descamisados descompromissados com o país Visivelmente drogados Com depoimentos equivocados. É a elite Brasileira No Senado E Juízes retóricos batendo o martelo, É todo um desmazelo Para com o povo Brasileiro, Os trabalhadores não são nada Para esta cambada que não trabalha. Assassinatos em massa no Ceará O que será que será? Carmem empolada, Já devia estar embalsamada Fala nada com nada. Estamos na reta final Da tragédia nacional O Governo com suas negociatas O Brasil tá sem moral. Cadê o povo brasileiro nas ruas Com suas camisetas verde amarelo? Quem tem que ser preso Que seja preso! Chega de tanto desprezo Para com o Povo Brasileiro! Enquanto isso Fulana Brasil Faz sua festa no seu Iate. Somos mesmo todos otários? Cadê a Panela polida da burguesada? Não ouço mais. Parece que está tudo na paz. Mas as penit...

BREVE DRAMA PARTICULAR.

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BREVE DRAMA PARTICULAR: Somos todos covardes diante da morte Se ela assim se apresenta Dizendo em alto e bom som - Eu sou a morte! Aqui estou! Não houve por parte de nós Um só ato heróico                      Os heróis                       A si mesmos                       Ignoram... Os mitos se perderam na história. Não há mais nada de ingênuo... - O lirismo Está morto? Nós falamos Nossa poesia Pelas ruas Por muito tempo Mas não percebemos que ela Estava morta... Como um Deus Oferecemos a ela sacrifícios Levantamos altares E dançamos ao redor de fogueiras A espera da grande Utopia... Mas como fomos tolos Imagi...

O MUNDO PAROU.

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O MUNDO PAROU: Nada desejo neste domingo... Nada!                 Não há nenhum problema                  Nesta vida... O mundo parou                             E não há nada o que fazer O mundo parou de repente E os homens ficaram calados                                                      Mudos Nulos... É um domingo sem fim Nem começo... A mão que rascunha este poema Não sabe o que é estar rascunhando Não ...

O EPÍLOGO DE ÍCARO.

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O EPÍLOGO DE ÍCARO: Ícaro         Depois das asas derretidas                                                        Se afogou no oceano Apenas as penas                              Ficaram flutuando                                                        ...

O VÔO.

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O vôo: A pluma voa... A pena escreve E devaneia... O chão é de areia, O mar a frente... Os barcos voltam Só no poente... A pluma voa Por entre a brisa... O mar se estende, Não há divisa... A pluma volta A pousar no chão, A pena escreve e devaneia...

O ENGENHEIRO METAFÍSICO.(A Performance)

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O ENGENHEIRO METAFÍSICO: (colagem dos textos Tabacaria, Aniversário e trechos de O Guardador de Rebanhos) TEXTO: ÁLVARO DE CAMPOS/ALBERTO CAIEIRO   (Fernando Pessoa) ADAPTAÇÃO CÊNICA: GABRIEL ARCANJO RODRIGUES Contribuição no roteiro: Roberto Junior. Cena 1: Álvaro de Campos: Não sou nada... Nunca serei nada... Não posso querer ser nada...    A parte isso tenho em mim todos os sonhos do mundo...   (enche a taça de vinho e com a taça na mão, vai ao primeiro plano, observa a janela, olha a paisagem lá fora)   Janelas do meu quarto... Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é... E se soubessem quem é o que saberiam?   (bebe todo o conteúdo do vinho na taça)   Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente, para uma rua inacessível a todos os pensamentos... Real, impossivelmente real... Certa, desconhecidamente certa... Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres.....

O EX-MÁGICO DA TABERNA MINHOTA

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O EX-MÁGICO DA TABERNA MINHOTA Texto: Murilo Rubião. Adaptação cênica: Gabriel Arcanjo Rodrigues. Personagens: O Ex-Mágico. O Psicanalista. O Público. O espaço cênico é constituído de dois focos principais. Ao fundo uma mesa, atrás da mesa, sentado está o psicanalista, apenas uma leve luz incide sobre ele, mostrando apenas a sua silhueta. Durante toda a encenação ele fará de tempo em tempo alguma anotação em um bloco de notas. Em alguns momentos precisos indicado no roteiro ele pontua o discurso do protagonista, este está no centro do espaço cênico, deitado em um divã, uma luz um pouco mais intensa incide sobre ele. O jogo proposto é uma sessão de psicanálise, onde o protagonista é o falante e o psicanalista é o ouvinte, como é comum na análise freudiana, o público é uma projeção da mente do protagonista, portanto funcionam como um terceiro foco presencial, estes devem estar dispostos num semicírculo no lado aposto do psicanalista. Na entrada do p...